Era
uma época em que os trânsitos de fluídos calorosos nos faziam. Agora eu já
feito e caminhando no meu palácio, me conformo com as construções de mim que
fizeram com minhas sobreposições.
Observava
nas paredes aqueles assuntos de história de família que sempre me lembrou
terror. E o terror lembra-me questões confusas sobre cada coisa que perguntam a
uma estátua e eu não respondo sem uma análise de carbono.
E
nos diversos umbrais que passei, vi as diversas portas que me ajudavam nos
momentos de solidão. Cada uma que abria me lembrava o som particular que uma e
outra cantava quando abertas e fechadas. Cantavam um ruído especial.
Construídas
também com fluídos quentíssimos de ferro fundido que me lembrava a infância
dentro da terra, era com o cantar de cada porta, que em meu coração gelado, eu
sentia uma anunciação para alguma celebração do meu castelo. Uma que abria, era
para chorar, outra que abria era para sorrir, outra que abria era para prender,
outras e outras rangem suas anunciações
que eu guardo e faço retóricas de paixões.
Agora
eu, na última porta, saio de novo para a natureza, diferente de antes quando
era um bruto. Saio em forma e lapidado. Sou empacotado, amarrado, etiquetado e
selado. Acredito que vou para uma exposição de lembranças de mármore, quando eu
em outro lugar, ficarei ao dispor de questões do meu talhe. (* memória de uma rocha metamórfica que tornou-se uma obra de arte em um castelo.)